segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A eterna questão dos homens-golo


Tenho vindo a meditar sobre um aspecto que me causa uma terrível apreensão. Porque é que Oscar Cardozo é ostracizado no Benfica de Quique ?
Nos últimos 10 anos tivemos apenas 3 verdadeiros matadores. Entendo por matador um jogador que tenha uma especial apetência pela baliza adversária. Que possa passar 89 minutos sem se dar por ele mas que tendo uma bola à mercê não o vejamos desperdiçar. Incluo nesse leque Brian Deane, Van Hooijdonk e Cardozo. Só isso deveria ser o suficiente para se perceber quão difícil é encontrar este género de jogadores. A questão é: porque é que nós não valorizamos estes jogadores? Depois de infernizar muita gente amiga com esta pergunta eles respondem-me "Oh, eles só marca(va)m golos..."
SÓ marcam golos ? E depois ? Não é com golos que se ganham os jogos ? Que se ganham os campeonatos ?
Isto SÓ acontece no Benfica...
Qualquer clube, seja ele grande ou pequeno, e que descobre que tem um matador no seu plantel, de imediato lhe é conferido um papel de estrela, de salvador.
Recuemos no tempo e olhemos aos nossos rivais.
No FC Porto, e no mesmo espaço de tempo encontramos Jardel, McCarthy, Derlei e Lisandro. E, para além de serem o mesmo tipo de jogadores, uma coisa é comum a todos eles. Joga(va)m sempre.
No Sporting, Acosta, Jardel e Liedson. Uma coisa em comum ? Joga(va)m sempre.
"E o burro sou eu ??"...
É tempo de abrir os olhos. É tempo de contar espingardas. É tempo de não desperdiçar, mas sim valorizar, os nossos activos mais preciosos.

PS1: Tanto Brian Deane como Hooijdonk não chegaram a estar 2 anos no Benfica. Como será com Cardozo ?

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